Dejavú

Ah, Maurício!
Quanto dias meus nessa vida te dei
Ainda que sem nada dar
Eu te amei
Do modo mais lindo e estranho
Desse jeito que se ama muito
Quando se é jovem e boba
Quando se é o primeiro e não se esquece mais.
E se me perguntassem se eu saberia
O que seria um dia de todo aquele amor
Que hoje é só verso
E elucubração
Do resto que sobrou daquele eu que te amou,
Jamais imaginaria que te tornaria tão estranho
E alheio as minhas vontades e aspirações.
Um avesso...
Que deixarias de ser aquele tudo
Aquele meu mundo!
E que não passou de uma ilusão mal resolvida
Apenas um "se" da vida
Que elucidei assim que experimentei
Que já não incomoda quando passa por mim
Que já não lateja quando me lembro do que vivi
Nem quando imagino o que  que não vivi-
E já não dói mais nenhuma prospecção
Assim, humana
Encerro aqui minhas expectativas,
Adeus.
















Ana Paula Duarte.



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