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Mostrando postagens de agosto, 2011

Crônica sobre o quadrado

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      Ele acabara de descobrir que tinha um filho. De supetão inicial, não gostou muito da ideia, mas com o passar dos dias, foi gostando das novidades e do estado de pai, foi achando aquele guri  bonitinho, pequenininho, engraçadinho e dependente, resolveu conhecê-lo melhor. E nada melhor que uma viagem à praia, a casa de veraneio da família para isso.       E foram os dois, sozinhos, encabulados e desconhecidos, porém com o mesmo sangue a correr nas veias. O menino queria ver o mar, o pai cansado da viagem titubeou, estava com mau humor, indisposto. Mas o menino com um sorriso conseguiu levantar seu ânimo. E foram os dois. O pai logo pediu uma bebida e o menino correu para a areia, lá se sentou por alguns minutos, olhando o céu, sentindo a brisa do mar, deixando que o seu corpo aproveitasse tudo. Depois se levantou e foi em direção da água. O pai, de longe veio transtornado a gritar e chamar pelo nome do filho. O menino parou e virou-se para o pai, que gritava:     - Pare, pare

Incongruência

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Num encontro generoso Duas almas se fundiram ... Mas, num desesperado defender de egos Separaram o enlace doloroso E os caminhos não mais se bifurcam E a tal incongruência, bendita ou não Dissipou a união. Era justo ou injusto? Tantas são as interrogações! Mas de certo há paz no caminho, Ainda que se caminhe sozinho  É  o caminho escolhido.  Há dor, mas há paz Há saudade, mas há liberdade. Discrepâncias a parte,  Sempre há que se ter respeito. E se for pra culpar alguém, Foi ela- a incongruência. Esqueceram de perguntar até onde iriam um pelo outro. Acabaram em lados opostos, Corrigindo o acidente. Acidente? Maldita incongruência! Ana Paula Duarte. Revelação- Engenheiros do Hawaí