L'âge d'or¹
“E a colombina só quer um amor Que não encontra num braço qualquer Essa menina não quer mais saber de mal-me-quer.” [2] Não sei se sou a Colombina, o Pierrot ou o Arlequim. Acho que por tantas vezes me intercalo sendo os três com suas características mais latentes e, ademais, eles aparecem concomitantes, perturbando meus comportamentos e minhas aspirações amorosas. Sei que de fato minha vida se assemelha a Commedia dell'arte com toda pompa e circunstância necessária. Como o triângulo, também me faço serviçal do amor, seja ele em ‘pragma’, ‘ágape’ ou ‘philia’, por vezes é também o ‘eros’ e ainda como eles por vezes pareço falar latim, ou buscar o inatingível e o inalcançável. Sou uma pierrete nata: por vezes me lamento, sofro e amo uma Colombina que mais par...