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Mostrando postagens de novembro, 2010

Eternidades

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O que é eterno? Eternas são as fotografias Que captam os risos de alegria, As maquiagens-fantasias Nossas alegorias, Os copos! Eternos são os choros, escondidos em confidentes, Que se terminaram em tantos ombros amigos. O que é eterno? Eterno é a companhia, Os por quês, As Seletas, Eterno é este pôr-do-sol, É aquela primavera, aquela viagem, aquele verão... Eterno é tudo que foi além de solidificação, Pode ser aquilo que se vê, ou o que já não mais existe, Eternos são todos os parabéns, As madrugadas e cantorias, As brigas do dia a dia, As picuinhas, os conselhos e as trocas de energia, Eternos são todos estes rostos, meu Deus, Eles me compõem inteira, Eterna é tornar todo santo dia um dia santo a se eternizar. E nesta alegria perpetuar nas fotografias, momentos exclusivos de seres raros. Eternas pessoas! E

Antes palavras que balas perdidas

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        Uma sensação de esperança, uma onda de expectativa começa a surgir e se concentrar em torno do que antes era considerado um sistema falido, o sistema de Segurança Pública no Rio de Janeiro. O Estado, que durante muito tempo fazia vistas grossas para a ascensão e o crescimento do poder paralelo instituído nas favelas de uma das mais lindas cidades do mundo, começa a agir e com o apoio de tropas federais de outros setores da Segurança Nacional. A população comemora, a mídia comemora e estampa para o mundo que enfim a polícia brasileira reagiu contra o crime organizado.Os policiais são grandes heróis, e os traficantes, uns monstros miseráveis.       Miseráveis, sim miseráveis! SERES HUMANOS que não tiveram oportunidade, graças a desigualdade, graças a globalização e hoje eles são vilões, mas pobrezinhos sim, pois seu poder não chega a tanto, são apenas peças de xadrez nas mãos de grandes e poderosos jogadores, jogadores que se camuflam, ostentam classe social, patente e cargos

Nebulosa de Órion

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imagem do google De vapor e poeira  Infindos Tóxicos, Psicodélicos fissurados Coloridos e enternecidos, Com seus odores Aturdidos  Fundiram-se ao branco e preto e Num rastro louco e desvairado Surgiu no Universo  Onde não brilhava nada  e Uniu Difundiu Transpassou Partiu... E a nebulosa brilhante surgiu A me confundir A me impedir a visão A me limitar A invadir meu Universo Inverso Tão linda Perigoso engano Mancha difusa e  Linda Mancha Eu a vi com meus próprios olhos, Pude até tocar Lilás? Esplêndida! A maior e A mais brilhante entre todas E ao seu redor brilham outras Outras tantas! Que invejam o seu brilho e  Eu aqui, a milhares de anos luz Queria tocá-la! Sei que despedaça Pois é frágil areia, Adveio do colapso estelar. Ana Paula Duarte.  Sinto que alguma coisa devo aprender com ela...

A síndrome do sapo-boi

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Sabe uma coisa que me cansa deveras? É essa mania das pessoas em não respeitar aos outros. É esta sempre pseudo-superioridade, seja intelectual (que sinceramente mais me incomoda), financeira ou social. Este ar de "eu sei", "eu sou", essa vaidade sem fim...Vai pra puta que pariu com isso! Uma mania feia de rir do gosto alheio, essa ridícula pose por gostos americanizados (o clichê EUA), uma visão europeizada  de brasileiro esquizofrênico que mora no Brasil e quer viver como se estivesse em Paris, negando sua cultura, rejeitando seu povo, sua brasilidade e mais, não sabe aqui "morar", sendo um péssimo inquilino e vizinho. Eu sei que a modernidade não é lá grande coisa, ela nos encheu de vícios e nos individualizou, mas ela tem os seus benefícios, entre eles a liberdade no pensar, no gostar, no expressar...Eu acho mesmo brega indivíduos que participam e têm acesso maior à cultura e mesmo a informação começar a desdenhar de quem não tem/teve as mesmas oport

O que será que será?

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      E definitivamente, aquela não era eu. Este é meu corpo, esta é minha melhor roupa, este é meu sorriso. Este é o meu olhar? Ouvi dizer que a gente sempre está a procura de algo. Será verdade? E o que eu procuro então?      Deram-me purpurina, confetes, adufes, acessórios dos mais simples aos mais sofisticados, alegorias, um palácio, súditos, um trono. Sentei, adornada e afoita, porém só agora percebo, que este reino não é meu, os súditos não são meus de fato, e sim de uma rainha que eles mesmos criaram, uma idealização que primorosamente refleti. Eles não podem me amar, esta não sou eu, este amor não me pertence. Essa alegria não é minha!      Quem sou afinal? Quem devo ser? Princesa, plebéia, alegre ou triste? Onde é o meu reino? Afinal tenho reino? Afinal o que eu quero? Atravesso a noite a perguntar no escuro a ecoar e a resposta de onde vem? De mim, de Deus ou deles?  Onde está a resposta? E por que eu teimo em perguntar e a buscar o que nem eu mesma sei?       O reino es