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Mostrando postagens de outubro, 2017

Ode à luta das mulheres de minha geração

Me disseram que era só olhar no Google Que eu encontraria a poesia perfeita para encaixe Na fotografia como legenda do dia E eu, que nem perco tempo Importa que eu tenha voz Que ouse me representar a mim Que forje poesia do fel que é a vida Quando se é mulher Quando se é pobre Quando se é ousada Quando não curte vanguarda Mas tampouco se prende em conservadorismo Querem que você se sente ali. Feche as pernas. Agora, vá para lá e não faça barulho Se doer, se cale, engula Jogue pra debaixo do tapete de fios da hipocrisia E não incomode Acontece que eu forjo a voz Representatividade na luta E os desdobramentos de tanto levante? O corpo somatiza em febre, dores e cansaço Mas isso foi ontem. Hoje eu estou de pé Descalços no chão Gritarei em meu nome E das minhas irmãs de suor e sangue Será vão? Será que ouvirão? Incomode, Sempre! Se tinha medo de sentir dor devia ter dormido o sono eterno Mas já que está viva mais que sobrevivendo, Subverte e forja a poesia