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Mostrando postagens de dezembro, 2010

Receita de ano novo

  Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?)   Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direi

Cadê ela??

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 "E é na madrugada que o meu silêncio fala e se revela..." "Venha vida, venha! Me pegue de jeito!" "Mas, ainda ponho minha esperança em Deus, que como herança esta terra nos deu..." "Ah, eu quero que a imensidão dos meus tudos transbordem tanto que chegue a contagiar até os infelizes..." "Aquela cena pareceu-me de cinema, de romance, encantada, e eu ainda senti tudo o que de mais mágico aquele momento me proporcionou." Que tragédia, não sai nada e já faz tempo! Não, eu não estou louca (não mais que o costume), o que me acontece é algo que nunca me aconteceu. Há dias não consigo escrever uma linha que me agrade, uma só frase que me faça ter vontade de formar um corpo textual. Andei tensa uns dias  por conta disso, as palavras sempre vieram aos montes e junto com turbilhões de emoções e sentimentos, elas andavam lado a lado comigo! E agora parecem ter desaparecido. O mais engraçado é que estou no momento mais inte

Quando DEUS brincou de ser GRANDE

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Esta manhã estava conversando com um dos meus preferidos amigos mortos, Alberto Caeiro. Ele me contava como  num meio-dia de fim de primavera  o menino Jesus Cristo tinha fugido do céu para vir brincar entre nós. Meu amigo descobriu uma das coisas essenciais para entender o Cristianismo: Deus é menino, uma criança. A maior heresia que há é acreditar que Deus é aquele ser idoso de barba e cajado na mão. Quem, se não uma criança, sairia de sua solidão para criar, imaginar mundos? Quem, se não uma criança, ao invés de criar algo "sério", criaria um jardim e amigos para vir toda tarde passear com eles?  Quem, se não uma criança, proporia o primeiro jogo, tipicamente infantil, no qual ele desafia aos seus amigos a não comer de apenas uma árvore de todo o Jardim?  Certamente esses não são comportamentos de "gente grande". Mas além de ser criança Deus é uma criança sapeca, e como toda criança resolveu brincar de faz de conta, mas de maneira muito perigosa,

Deambulando

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... Transição planetária.

Deixe-me!

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Deixe-me, sim deixe! Deixe que eu sinta por completo Deixe que eu me jogue no fogo Não, não eu não vou -me queimar Tire de mim essas armaduras todas, Não suporto este peso! Deixe que eu vá sem nenhuma... Cicatrizes? Estão todas aqui Mas não doem, são apenas para lembrar das traquinadas... As dores? Já se foram há tempos... Então, deixe-me ir E me aventurar nesta empreitada Me refastelar no relento da vida Deixe-me sentir novas sensações Experimentar novos sentimentos Chega deste solilóquio complacente! A Primavera se vai... Deixe que meu Flamboyant floresça, Pois quero sim, Me esconder da quentura do sol Bem debaixo das suas folhas. Deixe-me ser humana, E derreter este gelo ao proferir palavras de amor Sei que de alguma maneira nos aquecerá.                                                              Imagem do google Ana Paula Duarte. Prometo que nas férias, darei mais atenção ao blog...Fico grata por ter mais leitores que comentaristas. Obrigada!