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Mostrando postagens de abril, 2011

Vanitas vanitatum, et omnia vanitas¹

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                                 Do blog: http://cristaiscelestes-novaera.webnode.com/products/vaidade-/ Que há de encher teus olhos a lua no céu a brilhar ou o ouro do relógio de braço? Que mais queres o amor de alguém valoroso ou a orgia da pertença de um corpo? Que mais vale em tua balança a felicidade ou a busca infinita dela em teu sempre reclamar ou ainda, a infelicidade crônica? Olha a teu redor e valoriza o que tens antes que te levem pois se algo aprendi dessa passagem é que tudo muda sempre até mesmo o conforto e a plenitude só com a morte se alcança. ¹"Vaidade das vaidades, e tudo (é) vaidade". Até onde a vaidade humana pode chegar? E no fim, é só vaidade mesmo... Ana Paula Duarte.

E foi-se toda a leveza

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A poesia em mim findou-se Num silêncio triste de sepulcro. Na praticidade dos dias, encontrei máscaras belas, Risos solícitos, porém olhares distantes Não são meus e nunca serão. E este estar de alma triste É que não aceito Em mim não há lugar, nem relance Aquele enlace... Toda a perfeição! Estável E ela, que alada me fazia voar e gemer da dor do amor, Desaparece entre razões e um dinamismo ator, Uma maturidade terrível e insana De quem se entrega ao sistema e dança sua música. Queria o êxtase de mim, Aquelas palavras que eu espremia lá das entranhas Minha catárse... Eu,  Que não me acho há tempos... Que já não sou. E sobram palavras doloridas, Fortes, estampadas, coloridas- Mas nem refletem alma... Apenas, ajuntamento de letras Deixei a poesia, Fui a vida sem alegria. O que esperar dela agora?      Do blog:  http://lenottidicabiria.blogspot.com/2011/03/insustentavel-leveza-do-ser.html Ana  Paula Duarte

Um pouco mais de língua

'Gosto de ver minha língua roçar... A língua de Luís de Camões.' (Caetano Veloso).     Faz mais de 500 anos que os portugueses atravessaram o Atlântico para aqui em terras americanas se instalar. Dizimando uma cultura, impuseram uma religião monoteísta, estabeleceram uma única língua para todos, enquanto os ameríndios que aqui habitavam, possuíam várias línguas e dialetos e tudo isso foi ignorado, coisa comum de colonizador.     Trouxeram os africanos como escravos , que para os europeus e sua visão eurocêntrica de mundo, serviam apenas para o trabalho braçal,e que em força e vigor físico os negros e negras eram bons e mui resistentes. Com eles não foi diferente: também tiveram língua, costumes, corpo, se possível até a alma, aprisionados. Eram tantos/as negros/as, eram tantas influências, que um conselheiro do governo achou por bem trazer os italianos para "embranquecer" e "purificar" o território tropical português, já que era grande a