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Mostrando postagens de janeiro, 2011

É tanto!

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Um conto de amor para um amor E palavras doces que nunca causem dor O haikai perfeito, o soneto perdido O encontro mais bonito! E nem mesmos elas, as poderosas aladas, São capazes de descrever tão grande bem E nem mesmo o vento, este que corta os quatro cantos Pode espalhar tanto sentimento De peso leve sendo a mais forte exclamação Sem grilhões de convenções Sem amarras humanas, Perto e longe dos corpos O que nos une são as almas E voamos sob os céus do mundo Nosso mundo diverso e uno. Sem dúvidas, o maior dos sortilégios. E estas asas de que são feitas? Já não sou liberdade É utópica! Não é a minha asa A minha asa é o amor. E este sim, é liberdade. Ana Paula Duarte                          Do blog:  http://meninacajuina.blogspot.com/2010/08/para-se-amar-um-artista-tem-que-saber.html " O amor é a asa veloz que Deus deu à alma para que ela voe até o céu." Michelangelo.

Atracadouro

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     Do blog   http://deyseribas.blogspot.com/2009/08/ainda-sobre-ser-psicologa.html Sou um atracadouro, por onde passam os navegantes. E um dia aquele barco chegou Trazendo-me novidades de mercadorias Ancorou aqui, Encheu de fitas, alegorias e fantasias  Ah, pequeno barco, quanta euforia, quanta esperança e agonia! Em todo o mar eu nada mais via. Mas o melhor de tudo  Foi quando levantou âncora E partiu no horizonte... Meus olhos já não podiam vê-lo e nem desejá-lo Foi questão de dias, foi questão de meses Esqueci do meu tenro barquinho. Logo, pude avistar outros barcos No horizonte sem fim... Antes tão limitado Fixo no agora velho e passageiro barco. E logo outras embarcações foram ancorando Com infinidades de mercadorias E meu atracadouro encheu-se novamente de alegria,  E como é bom este movimento! Continuo a afirmar: há dias e DIAS. Barcos que se vão, Navios que vêm. É imenso o horizonte.  E imensos destinos pra se navegar por ele. Ana Pa

Chuvas de dores

    Hoje acordei assustada. Sabe quando você está dormindo, mas bem baixinho lá no fundo está de alguma forma ligada com o mundo acordado? Pois, eu dormia, mas lá no fundo ouvia as notícias da TV, até que uma em especial me fez pular da cama (coisa que é deveras difícil). E no meu susto, fui ouvindo e chorando, me sensibilizando, me sentindo dentro da história, sendo humana e solidária, a dor era tanta que transpassava aquela televisão.     Felipe foi um dos milhares de moradores das áreas afetadas pelas chuvas que arrasaram a Região Serrana do Rio de Janeiro na última semana, que perdeu casa, pertences, dignidade e como se não bastasse a dor das perdas materiais, perdeu um bem irrevogável, seu filhinho de 5 anos, que estava desaparecido. Perdeu-se em meio ao caos da confusão e desespero durante a enchente. O rapaz então começou uma procura por abrigos, hospitais, ONGs e Órgãos que estão cuidando das crianças sobreviventes que estavam perambulando sozinhas pelas ruas. Foi quando

Iluminação ou questionamentos acerca das sensações

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Para ler ao som de Oh, Sweet Mary  de Janis Joplin.                                 Tudo é sentir! Que liberdade tão utópica, sempre quis!  Mas eis que li, em algum lugar, um não sei quem que falou sobre sensações acima da razão, acima das representações. E sobre tudo aquilo que vemos e cremos, são meras reproduções, é tudo impressão. É tudo quimera... Basta o que eu sinto. E não venha me dizer que será um caos o meu mundo!      O meu “eu” é um turbilhão. Não é fixo, definível, mas sim um feixe de sensações as quais vou tendo, as impressões que vou criando através de minhas experiências de vida. A soma de meus instantes faz o meu “eu” de cada dia. Esquizofrenia? Não, modificações, aquela palavra que ainda causa muito medo: mudança.       E mesmo amando e apreciando a Filosofia, quero me apegar na arte que me inspira, no caminho que venho trilhando de dentro de mim, um resultado físico-mental de minhas evoluções. E vou trilhando, pois, a certeza não é absoluta.

A colcha colorida

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E, nada humildemente vivi! E de tantas misturas, panos e retalhos, Comprei linha e agulha E me pus a fiar Num tear pós-moderno e místico De cores mágicas a brilhar Cada pedaço, um fato Um laço de vida. Vários risos incontidos Aquele banho de mar, Os gritos e tapas, sorvete! Os ritos, os rostos Teci... Minha colcha de alegria A colcha dos momentos, Os tantos cintilantes! Os sorrisos cativantes As madrugadas pelas ruas, As bebidas, as fotos, o samba! Os sotaques, as simpatias... São tantas cores e linhas! É tanta vida, é tanto bem-querer... Viver a vida, Tecer a colcha, Ainda não terminada... E ao ser findada Que tenha o desenho do pôr-do-sol, Da lua, das estrelas e do mar! E quando tudo o que é sólido se desfizer em pó, Que esta colcha seja a herança para a posteridade De dias e DIAS habilmente retalhados, costurados e unidos! Num traçado sem igual, um pedaço nunca semelhante ao outro Como um arco-íris encantado,