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Mostrando postagens de 2016

Interrompendo a programação "normal"...

Boa noites caríssimos e caríssimas, Ando um tanto ausente do mundo dos Blogs na vida pós-moderna tão cheias de demandas que tenho de fato priorizado tempo em outras coisas.  Ainda assim, em comemoração ao #OutubroRosa escrevi uma breve introdução para apresentar a poesia da amiga #FabianaMachado no Portal Terra de Lucas . Passa por lá e confere! Há braços, Anissíma. #pelavidadasmulheres #meucorpominhasregras #empoderamento #quebrandotabus

O Profeta

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                  Fotógrafo:  begemot  Título:  Alter Ego   Sobre a imagem, clica aqui                                   Segundo o dito popular: de poeta, professor e louco todo mundo tem um pouco. E acrescento a isso o Profeta. Sim, cada um de nós também tem um pouco disto, querendo anunciar boas novas ou incidir algumas palavras morais de aconselhamento.                 Acontece que para isso, há de haver a renúncia, o desprendimento, a prática. E nesse quesito, não passamos de profetas hipócritas, que não desce ao deserto de nós mesmos a clamar, mas que grita em praças e aturde os transeuntes, causand o incômodo não pelo fato de pronunciarem, mas pela forma com que abordam as pessoas.            Chega uma hora que os profetas acabam ignorados em suas comiserações. Profetas cansam por demasia, sobretudo estes que a falta de exemplo ridiculariza.           Diante de tal excesso, as nossas preferências têm sido cada vez mais nos aproximarmos do que é humano, ainda que a

Em que momento da tua vida você esbarrou no machismo?

Senta que lá vem TEXTÃAAO! Eu me sinto incrivelmente identificada com as mulheres que usam as redes sociais para relatar e/ou denunciar situações de violência. Comigo não foi assim, mas uma coisa posso dizer, me sinto inclusive encorajada a contar a minha história. Afinal, cada mulher fala de um lugar nessa sociedade de privilégios e eu entendo bem meu local de fala, respeito muito as vivências alheias e as interseccionalidades, ou como diz o ditado "Cada qual no seu canto sofre seu tanto". Pois bem, desde cedo aprendi que precisava me defender do machismo. Uma vez que, todo mundo aqui sabe, na família tradicional brasileira a violência contra a mulher é prática corriqueira que se sustenta na expressão "em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher". No fundo, no fundo, todos/as nós sabemos como funciona pois vivenciamos em curta ou longa escala na vida, tenha sido com um avô, pai, tio, irmão, namorado, marido, até mesmos nos assédios de rua...em cada conf

Manual de como conquistar um amor

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Manual de como conquistar um amor É propaganda enganosa e golpista Palavras são perigosas Quando a arte da conquista é tão trivial Não se tem escrúpulos na tentativa de dominar um corpo Na expectativa de uma noite ardente E na perspectiva de alimentar o ego. Para conquistar um amor Há que se ter a leveza De naturalidade e do caminhar com pés firmes Fincados no chão da realidade As visões românticas são ideais inatingíveis Apenas frustram e criam atritos Melhor estar sossegado no desassossego da incerteza. Não aperte, não prenda, não se mede forças Já chega de amor patriarcal! Respeite o indivíduo, suas particularidades Ame em liberdade Isso não é receita Isso não é padrão Amar não cabe em  modelos Simplesmente é. Mas também deixa de ser Quando não é alimentado Quando ostentatado e ou barganhado. Quer amar? Se ame. Quer cuidar? Comece se cuidando! Quer a admiração de alguém? Não faça personagens. Simplesmente seja. Sem máscaras. Entre verdades e mentiras

Papiro

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O que fazer quando a frieza do gélido coração alheio afetar o teu? Escreve moça, escreve, não para que cesse a dor, mas para que se esvazie o peito e os pensamentos todos nublados e esvoaçantes se assentem no território de teu corpo. Abandona este romantismo bobo e vil com que te ensinaram a amar.  Se reveste da força de teu pranto e aprende de uma vez que se não faz bem não vale a pena.  Quantos mais serão necessários para dar fim a esse vício?  Melhor seria se nunca tivesse  sido? Não!  Melhor seria se tivesse sido e encerrado com palavras duras.  Assim, não restaria nenhum elo, nenhum consentimento. E  então, sem nenhuma afetividade seguíssemos nossos rumos rotos. Agora, eu que sempre sofro, choro e lamento, só quero escrever. Não pra eternizar, mas para me limpar desses detritos que fazem mal.  Que já não cabe na mulher em mim. Que não tem laços com a vida que escolhi e tampouco merece que dispense tempo a lamentos e dores.  Ces' t finnite em nome de verdadeiros

Dor

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É de doer É de sangue e fel É irmandade e desordem Torpe, enche o cálice De ódio E bebe O lobo vestiu-se de cordeiro E fala manso Eu vossífero! Na minha sã loucura Ouso amar o lobo Na inocência tola de que serei poupada. O que são laços?  O que é mesmo a esperança Quando a ojeriza de um olhar  É capaz de dilacerar a alma? A vida, essa de ciclos desnivelados Nos desvela nos mais sublimes e mais vis sentimentos Pra nos mostrar o quanto é tudo uma ilusão O quanto somos e estamos Sozinhos. *Imagem do Google Ana Paula Duarte

Nova Macabéa

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Tal qual a outra, Essa Macabéa sonhava pelas ruas da cidade Não vinha da vidente Mas iria comprar o pão diário e alguns sonhos na padaria. Estribuchou-se no chão. Três tiros Mais uma negra da favela morta Mais uma pra aumentar a estatística. A hora da estrela Viria momentos depois Quando num porta-malas de um camburão Foi vista pelas câmeras Já não estava entre nós. Não foi estrela outrora Não teve direito a dignidade Não fosse a tecnologia e a interatividade, Seria apenas um número frio Mas tornou-se vítima do vil Assim que apareceu nas TVs de todo Brasil. Foto retirada dessa ótima sugestão de  leitura   Ana Paula Duarte

O amor pragmático do século XXI

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                                                                     Imagem do google Insipiente E Insípido E Objetivo E Mensurável. Usurável E Comedido E Ameno E Fatídico. Finito, Impessoal E Líquido... Ana Paula Duarte

Em minha vida uma Malandrinha

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              Há cerca de dezenove anos atrás, eu tinha dez anos, quando a minha mãe foi ao açougue comprar um bendito de um frango e lá começou a conversar com outra mulher, também mãe. Do meio para o fim da conversa, essa mulher lhe disseque havia se tornado evangélica e queria ir a uma igreja para visitar. E foi aí que minha mãe indicou a igreja que frequentava, no bairro.                 Eu nem sabia dessa conversa até um dias desses. No domingo fui à igreja, era dia de batismo e iríamos todos num ônibus fretado para uma igreja no centro da cidade. Vi que se aproximava uma mulher e seus dois filhos, uma menina mais ou menos da minha idade, de olhos muito vivos (foi o que mais me chamou atenção) e um garotinho. Eles vieram para o culto, mas como não haveria naquele dia, a senhora disse que voltaria em outra oportunidade.                 Dias depois eles voltaram à igreja, em outro domingo de manhã. Naquela época eu ajudava na classe das crianças, na Escola Bíblica Dominical, er

Sobre amor e outras bobagens

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     Cheguei a conclusão que encerro ciclos importantes na minha vida ao final de cada década...10, 20...e por aí vai. E me lembro bem das minhas dificuldades e excessos nos meus apegos. Seja para guardar o que não mais me servia por força do hábito, como tentar ressignificar pela milésima vez desenhos feitos com lápis apagado. Não dá pra ser tatuagem, não é tinta permanente.      Uma vez escrevi que  Sou um atracadouro , talvez já não concorde mais com parte do que está lá grafado, uma vez que já não me sinto um atracadouro, e sim um barco ao mar da vida, a desbravá-la. Nessa analogia de atracadouro a gente fica parada, esperando que as coisas cheguem até nós. Em minhas ansiedades sempre fui complicada quando o assunto é esperar, simplesmente não consigo e então sempre tomo a iniciativa nas atitudes, tudo o que me faça adiar a espera e adiantar as coisas.      Nessas navegações de quase três décadas já vivenciei muita coisa bacana e também muita coisa triste. Tudo isso me aj

Experimentações com o Inciclo

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     Iniciando as postagens de 2016 numa tentativa de retomar o blog aos poucos e dentro das minhas possibilidades, nada mais ilustrativo que começar contando um pouco (talvez muito e com detalhes- ahaha) da minha experiência com o coletor menstrual Inciclo. Eis o Coletor Menstrual Inciclo ( a foto tá escura, mas na internet tem muitas fotos em boa qualidade)      Então, algumas amigas já haviam me falado sobre o coletor, fiz pesquisas na internet, até que conheci pessoas que deixaram o absorvente (externo e interno) de lado para fazer uso do coletor. Dentre as muitas maravilhas narradas, entre a questão do produto (que é patenteado) ser sustentável e se preocupar de forma diferenciada com o Meio Ambiente, fui preferencialmente simpática ao fato de não precisar mais usar o absorvente externo, uma vez que seu uso sempre me trouxe incômodo, como assaduras, vazamentos, enfim, coisas que muitas mulheres enfrentam e já enfrentaram, sem contar que  mesmo tendo tentado usar o