Dor
É de doer
É de sangue e fel
É irmandade e desordem
Torpe, enche o cálice
De ódio
E bebe
O lobo vestiu-se de cordeiro
E fala manso
Eu vossífero!
Na minha sã loucura
Ouso amar o lobo
Na inocência tola de que serei poupada.
O que são laços?
O que é mesmo a esperança
Quando a ojeriza de um olhar
É capaz de dilacerar a alma?
A vida, essa de ciclos desnivelados
Nos desvela nos mais sublimes e mais vis sentimentos
Pra nos mostrar o quanto é tudo uma ilusão
O quanto somos e estamos
Sozinhos.
Sozinhos.
*Imagem do Google
Ana Paula Duarte
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