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Mostrando postagens de 2014

Um texto positivo, eu juro

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Eu ando tão cansada das retrospectivas...Daquilo que é o óbvio, o comum, o que agrega valor quando tem fila, quando vira norma, obrigação e imposição. Basta! Quero a prosa livre de minha vida. Dias de sol num verão tranquilo. Eu me cansei de tudo aquilo: multidões, bebedeiras, sexo, drogas e rock and roll (essa parte eu me cansei menos). Tudo porque todo final de ano é esta mesma agonia. Vamos à rua, aquela correria. Vamos ao shopping, é preciso lembrar das pessoas, dar-lhe presentes e compensar a distância do ano corrente. Depois, compremos um bom vinho, panetones de marcas famosas, por favor! E lembrem-se de presentear o seu (sua) amigo (a) secreto (a) com um presente que você gostaria de receber. E depois teremos: promoções, peru, comparações e convenções. E ainda, depois do depois,  poderemos ir a uma loja comprar as vestimentas que usaremos neste rito de passagem. Mas será mesmo que este início do solstício de inverno merece tudo isso? Verão, férias, ano novo, expectati

Ela é o feminismo

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Para ouvir ao som de Lua e Estrela, de Caetano Veloso. Pedaço de carne? Deusa, anjo, santíssima senhora? Diaba, puta, desfrutável, piriguete? Nada a define, aprendam! Olhando mais de perto escarlate. Pomba-gira, Maria Padilha, Pagu, Lou Salomé, Alexandra, Beauvoir, Virgínia, Curie E ela é ainda as mil faces de mim! Mas, quem a viu? Quem a cheirou? Dizem que cheira jasmim Dizem que cheira a café Dizem que cheira a quem vem da luta! Dizem que ela está em mim E que é cheia de fé. Pelas ruas da cidade Ela se ergue imponente E neste mundo ela intenta Andar tranquila pelas ruas desta noite vil. Ela que não é Ele E isso já não faz diferença E de suas entranhas que tira forças Humana mulher. Que mais você quer? Pergunte-a mais de perto Ouça sua voz Já não sussurra Ela virou vento Ela tem soprado Nos quatro cantos das mentes Ela é toda liberdade.   Imagem do google Ana Paula Duarte.

A celeuma machismo x feminismo

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Imagem do Google Durante os últimos meses uma série de textos sobre Feminismo circulara pelas redes sociais. Acho isso algo positivo, ao menos, o feminismo está sendo discutido. Mas, a minha preocupação é a forma como tem sido discutido, de modo tendencioso, generalista e apresentando uma série de contradições. Gostaria de me ater aqui a dois textos em específico. Desde já, deixo claro que minha intenção não é escrever outra resposta a um ou ao outro, mas analisar o discurso de cada um. Vamos por partes. O primeiro a ser publicado foi o artigo de Ruth Manus e intitulado de A incrível geração de mulheres que foi criada para ser tudo o que um homem NÃO quer. O texto traz sob a óptica feminina uma análise da nova geração de mulheres, educadas para ocupar o mercado de trabalho, segundo uma necessidade do capitalismo. Tal necessidade fez com que as mulheres avançassem, sendo inseridas em diversos espaços econômicos e consequentemente políticos e sociais. O texto traz a imagem da

Um Haicai de Haicais

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Ávida a vida invadiu e o amor foi /REPRESADO/ Dia desses as cOmPoTaS ~~~~~~~se rompem~~~~~~~~ Águas lacrimosas''''''''''''''' inundarão minh'alma. Google imagens Ana Paula Duarte subvertendo em seu primeiro haicai.

Renovação

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Não sei o que é Mas já era Aquele aperto no peito Nó que aprisionava a alma Sentimento de vazio. Não sei por que Mas passou Aquela dor de outrora Que impedia a circulação De risos, esperanças e euforias. A volta de quem não foi Ausentou-se por não sei quanto tempo Mas levantou-se em ímpeto Coragem e vontade de viver. Minha sina é viver. Vi- e- ver! Ir e ver, ser e ver. Frescor e pujança. Imagem do Google Ana Paula Duarte em 23 de agosto de 2014.

Balada da Pós- modernidade

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Na sutileza de seus sorrisos Esconde-se o fel E as palavras torpes De quem intenta contra a paz Dos que não se curvaram a Baal E em suas paranóias Cercam e desertam Fluentes em palavras vis Os sonhos daqueles Que lutam por mais dias de vida simples Vociferam vaidades Vomitam iniquidades Não comem, não dormem Arquitetam destruir o bem alheio Mas querem ser feliz! Ora, querem ser feliz Em cima dos que sofrem Ás custas de sorrisos custosos Pisoteando flores Aprisionando borboletas Ah, a tirania de quem nada mais tem. Ah, a cegueira pelo poder da palavra Ímpeto demasiado Gritam Xingam Enrijecem todo o corpo Apodrecem... Viver assim é penoso. - Acorda, moribundo! Imagem do Google Ana Paula Duarte em 30.06.2014.

Dejavú

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Ah, Maurício! Quanto dias meus nessa vida te dei Ainda que sem nada dar Eu te amei Do modo mais lindo e estranho Desse jeito que se ama muito Quando se é jovem e boba Quando se é o primeiro e não se esquece mais. E se me perguntassem se eu saberia O que seria um dia de todo aquele amor Que hoje é só verso E elucubração Do resto que sobrou daquele eu que te amou, Jamais imaginaria que te tornaria tão estranho E alheio as minhas vontades e aspirações. Um avesso... Que deixarias de ser aquele tudo Aquele meu mundo! E que não passou de uma ilusão mal resolvida Apenas um "se" da vida Que elucidei assim que experimentei Que já não incomoda quando passa por mim Que já não lateja quando me lembro do que vivi Nem quando imagino o que  que não vivi- E já não dói mais nenhuma prospecção Assim, humana Encerro aqui minhas expectativas, Adeus. Ana Paula Duarte.

Alguém precisava escrever sobre isso

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     Já começo este texto repetindo o título: alguém precisava escrever sobre isso. E por que não eu, que tenho sentido na pele os feitos e efeitos do assunto que irei introduzir. Pois bem: ei-lo aqui!      Estava assistindo a série televisiva Sex and the city (O Sexo e a Cidade), premiada série norte-americana do final da década de 1990- início dos anos 2000. A série fala sobre quatro amigas solteiras com personalidades e sonhos diferentes, entre as fases da juventude e os 30 e 40 anos, vivendo seus dilemas e alegrias na selva de Nova Iorque, em busca de sucesso e amor(es) (para saber mais da série clica aqui  ). Nesse episódio em questão, a protagonista da série, a escritora Carrie Bradshaw, linda, inteligente, chique, complicada e tantas vezes solitária e cheia de ilusões é pedida em casamento por Aidan, seu namorado. Até aí tudo bem, e aí vem a pergunta: e daí, o que há de extraordinário nisso? Bem, muita coisa. Primeiro porque aqui estou me abstendo de uma visão romântica da

Independência

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E quando o medo intentar contra tua coragem Grita o mais alto que puderes, Um grito que vem de dentro E expulsa o tosco. Quando a incredulidade ousar contra sua fé Acredite no sonho mais louco E siga ao seu encalço. Quando a solidão ameaçar o amor que sente Exercita o amor à vida Como a mais  sábia saída Para não desperdiçar dias de sol em companhias. Quando a inveja te soprar nos ouvidos E desejar o que não te pertence Olha para o que tens, com valorização E lembra dos teus trabalhos. Segue firme em teus planos. Não duvides de ninguém, muito menos de ti mesmo. Nebulosa (IMAGEM DO GOOGLE) Ana Paula Duarte

Mudanças*

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“Observo em mim mesma as mudanças de estação: eu claramente mudo com elas." Clarice Lispector Engraçado como inesperadamente diversas pessoas se dizem preocupadas comigo, com o que vem acontecendo com Ana Paula, que está “mudada”. Não que eu dispense ou desvalorize a preocupação, mas o interessante mesmo são os "prováveis" motivos para essa minha "mudança repentina”... Enfim, não existem motivos, mudar é viver, viver é mudar e paradoxalmente permanecemos os mesmos, graças a nossa essência. Embora seja leiga (porém curiosa) a respeito dessas questões de astrologia, acho mesmo que tem a ver com alguma nova fase da lua, do meu signo, não sei (alguém me dê um help neste sentido).         O que acho interessante são as pessoas perceberem isso. Eu estive ciente de minhas mudanças o tempo todo. Pois sim, em 2013  fui sim uma Ana mais pausada, mais silenciosa e meticulosa, a Ana racional... Mas já no início de 2014 voltou a Ana ácida, mais ousada, sem papas na l

O rasta e a bailarina

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Ele, tinha em suas mãos o tamboril Rústico, prudente para o momento Usava chapéu semelhante d'um duende- vermelho Que escondia parte do seu cabelo rastafari. Ela, seminua Bailava loura e fantasticamente definida Pernas longas torneadas Barriga lisa, ela girava. A loira gringa, cara de alemã O rasta negro, a cara do Vale cravado entre as montanhas. Um encontro mágico: abrasileirado. Louvavam os deuses da Natureza plena. Ele tocava, ela sambava Ele  fumava, ela tragava. Ele com seu tambor evocava os Orixás Ela com sua dança encantava os Orixás. Ela tocava bailando. Na cachoeira a água fazia seu som Na plateia transeuntes catalisados Pela singeleza do momento O rasta e a bailarina E os ritos, e o tambor, e as palmas, e as mãos na água. O bailar místico do culto às divindades. Vi semideuses em arte.                                                         Foto: Ana Paula Duarte Ana Paula Duarte. Inspirada em fato real.

Novidades para 2014!

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Imagem do Google Eu só queria avisar que a Ana que você amou um dia   já não vive mais aqui... Perdeu-se nalgum lugar  Morreu-se por aí.   E já não consegue se compactar e nem aceita se anular   Cansou-se de ideias amenas  Já não se alimenta de expectativas vãs ou retalhos com remendos.   São cacos quebradiços, mil pedaços que já não se juntam.   Quero a novidade da vida.  Quero chuva, sol, calor, frio em presença  Q uero firmeza de decisões e leveza nas relações Eu não quero esperar regressos  Cartas,  Mensagens.   Eu não devo abrir mão do meu mundo só para amar quem não me amou com coragem. Eu conheço a dor da saudade Eu conheço a raiva de quem sempre espera Eu conheço a desesperança de quem amou E eu conheço a força do amor-próprio. E se me cansei de chorar pitangas  E se me fatiguei de rimas e prantos,   Hoje me reinvento numa fuga de teu amor Brotou uma esperança De dias mais azuis e de menos saudade,   Descrédito naquele amor- tudo. Tudo- nada