O olhar de Bia
Imagem do Google Eu nem sei seu nome, nem tenho certeza de seu gênero. O fato é que me afeiçoei ao seu olhar. Gritante de desespero, receoso e triste. Cortante. O seu olhar deveria causar vergonha a Humanidade, pois ele está farto de desilusões, assim, tão cedo. Olhos assustados, lábios comprimidos, mordidos pelo medo. Quis torná-la íntima, lhe dar um nome, chamei-lhe Bia. Quis lhe dar um final feliz, apesar deste mundo nem sempre nos permitir. Ah, Bia! Queria tanto te ver sorrir, te ver brincar, te ver viajar, correr, tirar fotografias... E o que te fez famosa foi justamente uma foto, tirada sem pretensão. Em que o teu sofrimento se resumiu num pavor à maquina. Mas desta máquina você não precisa ter medo. Eu queria muito, minha querida Bia, poder te contar de todos os teus direitos. E te oportunizar uma infância a qual você pensa que é fábula. De certa maneira é. Sabe Bia, você devia ser o fut