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Mostrando postagens de março, 2015

O olhar de Bia

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                                                             Imagem do Google Eu nem sei seu nome, nem tenho certeza de seu gênero. O fato é que me afeiçoei ao seu olhar. Gritante de desespero, receoso e triste. Cortante. O seu olhar deveria causar vergonha a Humanidade, pois ele está farto de desilusões, assim, tão cedo. Olhos assustados, lábios comprimidos, mordidos pelo medo. Quis torná-la íntima,  lhe dar um nome, chamei-lhe Bia. Quis lhe dar um final feliz, apesar deste mundo nem sempre nos permitir. Ah, Bia! Queria tanto te ver sorrir, te ver brincar, te ver viajar, correr, tirar fotografias... E o que te fez famosa foi justamente uma foto, tirada sem pretensão. Em que o teu sofrimento se resumiu num pavor à maquina. Mas desta máquina você não precisa ter medo. Eu queria muito, minha querida Bia, poder te contar de todos os teus direitos. E te oportunizar uma infância a qual você pensa que é fábula. De certa maneira é.  Sabe Bia, você devia ser o fut

Postagem comemorativa, 07 anos de Anaconfabulando

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 É sobre mim, portanto, é sobre o Blog! Eu detesto ter que discorrer sobre minha sexualidade em rede social, mas entendo que quando falo sobre ela é um ato político. Imagens do google Pois bem, em minha concepção a sexualidade é uma coisa muito pessoal, portanto é diversa. Eu não tenho problemas em falar sobre ela com amigos e amigas, nem com minha mãe, por exemplo. Ou simplesmente não falar com ninguém, também. O grande problema que percebi há uns anos atrás, era que quanto mais naturalmente eu falava sobre minha sexualidade e preferências sexuais, mais eu ofendia algumas pessoas ditas mais conservadoras. Com o tempo eu fui amadurecendo e vivendo a minha sexualidade com maior intensidade e menos palavras. Menos exteriorização das coisas, mais internalização. É este o meu estilo de viver a minha sexualidade. Meu corpo é o meu território. E com ele eu transgrido tantos padrões e estereótipos do patriarcado. Foi preciso até mesmo que meu corpo sofresse transformações r

A volta de Margot

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Imagem do Google                  Margot, a menina espoleta, é uma menina especial. O tempo não passou para ela. Assim, continuou sendo menina, teimosa, cheia de vontades e com muitas caraminholas na cabeça. Não deixou de acreditar em suas ideias melindrosas, não deixou de morar naquela mesma casa, possuir ainda os mesmos amigos e frequentar os mesmos lugares. Parecia que naquele seu mundo não existia tempo cronológico, é como se ele apostasse picula com ela, mas nunca a pegasse... Estava livre em sua infância. E infância não condiz com responsabilidades, consequências e planejamentos... Margot vivia seus momentos, seu “aqui e agora”. A vida era boa e caso alguém pense que era monótona, relembremos que estamos falando da menina Margot. Com ela não existe rotina, não existem reticências: é tudo voraz! E uma coisa nunca era como antes, eram sempre novas sensações e a vida seguia. Margot não gostava de mudanças concretas, ela queria a constância e disso se nutria. Mas, com