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Ode à luta das mulheres de minha geração

Me disseram que era só olhar no Google Que eu encontraria a poesia perfeita para encaixe Na fotografia como legenda do dia E eu, que nem perco tempo Importa que eu tenha voz Que ouse me representar a mim Que forje poesia do fel que é a vida Quando se é mulher Quando se é pobre Quando se é ousada Quando não curte vanguarda Mas tampouco se prende em conservadorismo Querem que você se sente ali. Feche as pernas. Agora, vá para lá e não faça barulho Se doer, se cale, engula Jogue pra debaixo do tapete de fios da hipocrisia E não incomode Acontece que eu forjo a voz Representatividade na luta E os desdobramentos de tanto levante? O corpo somatiza em febre, dores e cansaço Mas isso foi ontem. Hoje eu estou de pé Descalços no chão Gritarei em meu nome E das minhas irmãs de suor e sangue Será vão? Será que ouvirão? Incomode, Sempre! Se tinha medo de sentir dor devia ter dormido o sono eterno Mas já que está viva mais que sobrevivendo, Subverte e forja a poesia

Término Pós- moderno de um idílio amoroso

Imagem
Imagem do Google Entre lágrimas de saudade e memória das velhas vontades Ei-la digitando na madrugada notívaga Por acaso espera alguma redenção? Ei, menina, como tua amiga mais antiga devo te alertar: Aparta desse corpo Tu agora é uma mulher Não é possível que prevaleça Essa angústia de querer Que de tempos em tempos avança entre nostalgias Não tens nenhuma beleza para escrever? Já não tivestes mais nenhuma alegria em companhia? Não é possível que tua insistência seja maior  Que a força de tua própria mente Entre tantras, meditações e exercícios de respiração Ainda espere do Acaso, do Cosmos, ou de qualquer outro botão A atitude que só poderia ser acionada pela vontade de mais de um. Em pleno mundo das selfies , dos crush's e das hastags Ela parece perdida submersa em lembranças Disse-me que era tão bom, muito melhor que hoje Confessou-me que tem medo de nunca mais amar  E só não é pior porque no mundo ela conheceu um dia, o amor Ma

Escreva, Ana!

       Eu teria tantos assuntos e tantas coisas para escrever agora. Talvez como nunca antes na minha vida, amenidades, fatos, problematizações. Mas perdi o tino de escrever em diários e blogs. Continuo pensando muito e guardo tudo nos pensamentos. Ideias, motes,  insights , tudo se perde tão rápido dentro de mim e nunca mais volta. Antigamente eu sempre levava um caderninho e escrevia. Mas hoje, as coisas têm sido tão líquidas e tantas coisas e pessoas deixam de fazer sentido tão rapidamente, que guardo tudo em meus botões.       Vejo tantos blogs na rede, enquanto o meu permanece aqui "abandonado". Logicamente hoje tenho outras prioridades, mas escrever despretensiosamente deveria ser uma delas. Por prazer, por deleite, desabafo, por querer. Um querer que tem se tornado cada vez mais raro nos tempos de lives, de mensagens de áudio, enfim. Será que alguém ainda vem aqui visitar e ler? Será que eu deveria apagar e seguir o novo fluxo e ritmo? Mudamos nossa forma de nos com