Medo

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Que espécie de dor é esta
Que me aflige a espinha
E que me faz querer retroceder?
Medo de perder algo.
Mas, o quê?
Inda mais quando nem se tem...
O medo de não acontecer
Da mediocridade
Da vida comum, senso comum, amenidade...
É o medo da incompetência
De não ter paciência
E não suportar as minhas cobranças
Sucumbir
Medo que paralisa a razão.
Que o mundo gire,
Que eu fique de fora
Dessa visão de mundo e conceito de vida
Do que seja vitória e liberdade.
Medo de mim, 
Medo de você e de todo o resto.
Medo de amanhã me olhar e não reconhecer nenhum traço humano,
Num trapo de pessoa rica
Que não é feliz, que não é feliz!
E o medo de ser simplório na pessoa pobre
Que não é feliz, que não é feliz.
O medo da infelicidade!
 O verdadeiro conceito do pobre
Independendo do Lattes.
Vejo as pessoas e suas decisões
Há tanta falta de liberdade!
Tenho medo da precipitação, 
Caminhos e descaminhos, aonde nos levarão?
A apatia tem me acovardado...
É medo latente da vida que abre
O que me espera?
 Nem sei o que espero dela tamanho o medo!
Só não posso me perder de mim.
Ah, plena satisfação pessoal,
Sei que é utopia, mas bem que podia existir!


Ana Paula Duarte, com medo sim!


Comentários

Querida Ana Paula,
Ao ler o seu texto me senti parte dos seus sentimentos. Estou vivendo seu texto sem tirar nem por, e como é difícil expressar aquilo que vem do coração.
Parabéns por usar tão sabiamente o dom que Deus lhe deu!
Um abraço,
Paula Duarte - Porto Alegre/ RS
Thiago El-Chami disse…
O último verso lembrou-me o 'dobrada ao modo do porto, fria', do Álvaro de Campos.

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