Das elucubrações de fim de tarde numa segunda feira
Eu não entendo como a vida cristã tem se tornado cada dia mais
pesarosa...
Cadê a
leveza? O refrigério, a revigorança e a renovação de cada manhã?
Estamos
cada vez mais amargurados e amarguradas, cheios de
normas, regras, linhas de fronteira entre o "certo" e o
"errado". Nosso gatilho (os dedos) são hábeis em apontar para as
pessoas e lhes sentenciar, julgar, acusar e colocar num lugar de perdição (que
é sempre o inferno).
E
a cegueira fundamentalista é tanta, que acabamos por perder a admiração de
pessoas importantes, tornando as relações insuportáveis. Nós e nossa
intransigência, nossa ideia desfigurada, nosso maniqueísmo, hasteando a
bandeira da verdade absoluta. Pondo a bíblia do lado esquerdo do braço e com um
coração vazio de amor, cheio de amargura, proliferando rancores e repressões.
Evitamos o livre pensar porque o tornamos um ato pecaminoso (e eu
me pergunto por que bulhufas temos cérebro), mas isso é só a demonstração de
uma fé rasa. Não percebemos que estamos colocando as pessoas do
"mundo" no inferno, mas somos nós que estamos nele. Com o nosso
desamor, nossa chatice e nossos chavões prontos. Uma vida decorada de
versículos bíblicos que são diariamente levados por qualquer ventinho... E o
tal do amor ao próximo permeia o campo do discurso. Mas como amar o próximo se
é difícil amar a nós mesmos?
Não estou a
fim de batalhas fundamentalistas, quem quiser uma discussão dialética saudável,
estou a postos, mas se for pra vir vomitar sandices, meus (minhas) irmãos
(irmãs) nem comentem.
Estou no exercício democrático do meu livre pensar sobre nós.
Estou no exercício democrático do meu livre pensar sobre nós.
Afinal, que tipo de "luz " é essa que queremos ser no
mundo?
Comentários
Venho desejar um FELIZ NATAL.