"As pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: "Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que coleciona borboletas?" Mas perguntam: "Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai?" Somente então é que elas julgam conhecê-lo. Se dizemos às pessoas grandes: "Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado..." elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma idéia da casa. É preciso dizer-lhes: "Vi uma casa de seiscentos contos". Então elas exclamam: "Que beleza!"LIVRO - O PEQUENO PRÍNCIPE, cap. IV.
Confusidades...
Nestas últimas semanas, tenho andado distraída, inconsciente, meio inconsequente e bastante diferente do que sou. Andei preocupada comigo mesma, ainda que ninguém tenha notado, pois disfarço meus desesperos mais ínfimos com muito estresse e pitadas de humor. A minha face fechada e reservada deu lugar a um rosto visivelmente interrogativo, testa franzida e lábios mordidos, além das espinhas terem diminuído. O que me aflige?Mil coisas...Tempo, dinheiro, família, romance, emprego, estudos, religião. Estarei em crise? Eu sou em crise! Nunca me preocupei muito em pensar demais para realizar o que quer que fosse, mas isso tem mudado. Estarei me tornando covarde? Ou estou me tornando um ser mais racional? Sinto que também estou um pouco mais sensível...Milagres podem acontecer, vejam! Tenho me preocupado um pouco mais com o bem estar alheio, me questionado sobre o meu papel na sociedade e sobre a sociedade.Estarei me tornando filósofa?...Penso que a gente devia ganhar dinhei...
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