Poetizando
Poesia , Creio que aprendi A te tratar como um ser e não como objeto És livre e livre vens a quem quiserdes... Não será pela minha graduação, coesão, nível de intelectualidade. Vens de madrugada quando choro na melancólica solidão Ou quando sinto ódio deste mundo vilão Vens até mesmo quando penso que me falta a inspiração Porque na verdade, senhora, Tu és antes de todo o sentimento A arte que norteia o meu mundo, O saber que busco em meu interior A busca por mim mesma... Então, que venhas brandamente E nessa brandura voluntária, entregues tua beleza, solícita... Não és expressão de dor, nem de alegria, És a expressão do sentir, do ser, Da arte que em nós habita e p or vezes represada Creio que não cansarei meus dedos, Se de mim nasceres naturalmente. És apenas vontade, não necessitas de bagagem. A não ser da linguagem interior. "Conhece-te a ti mesmo, ó linhagem divina vestida com trajes mortais". Ana Paula Duarte