Gótica?

Entre sombras, medos e incertezas
Meu ser adormece empedernido.
O que sou? Se sou...
Nada me alegra,
Nada mais me basta.
Todos são meus inimigos
E eu tenho de me defender a todo custo.
Quanto mais aprendo, mais duvido.
Leio, vejo, escuto...
Absorvo tudo...
Exaurindo minha razão,
Deixando de lado minha emoção,
Talvez tenha perdido meu pedaço de humanidade.
Guerreio...
Mas contra quem?
Qual é a minha guerra?
Ando em círculos,
Perambulo cega entre tochas de fogo.
Ficção, esquizofrenia,
Algo que eu mesma fiz...
Meu mundinho de papel,
Meu filme-vida de terror!
O que eu tenho?
Absolutamente tudo.
O que me falta?
Absolutamente tudo.
E sigo assim, decrépita resmungona,
Entre meus monstros e dragões.
Haverá alguém tão inseguro quanto?
Tão incrédulo e desnudo?
Até o meu nome soa estranho...
Todo mundo é estranho,
Nem eu mesma tenho me reconhecido
Tenho vivido dias estranhos.
Tudo o que sei, é que a solidão
Me embala e nela eu durmo bem.


Ana Paula Duarte

Comentários

Unknown disse…
Essa menina linda..escreve muitissimo bem...tá de parabens viu moça rsrs
beijos!

Postagens mais visitadas deste blog

A Ascendência da Alvorada

Confusidades...

Um breve amor de metrô.