Prolixidade
Vagarosamente abri um livro.Fui passeando pelas páginas, sem nenhuma obrigação. Tateando por toda aquela substância antiga e que cheirava forte- o papel. Contemplei algumas linhas, em leitura dinâmica entendi o que bem quis. Voltei, li e re-li! Quando dei por mim, estava de cochilo por cima do velho livreto, sem pretenção, sem preocupação, sem obrigação. Segui minha leitura e me reportei à outras dimensões. Estive presa ali, dentro daquele livro, por uma, duas, sabe-se lá quantas horas...Eu não cronometrei.Eu não me importei, eu tinha tempo a vontade, eu estava na ociosidade e fiz com esmero aquilo que mais faço cotidianamente:render-me a prolixidade. Demorosamente segui minha viagem. Pra quê a pressa? Eu ja não estava em meu quarto, já não era uma cama que me abrigava e minha humilde estante era um mundo vasto de possibilidades. Foi uma tarde tão preguiçosa e tão minha! Fazia tempos que não me refestelava assim, sob um livro, num banquete literário, em uma tran...