A colcha colorida
E, nada humildemente vivi!
E de tantas misturas, panos e retalhos,
Comprei linha e agulha
E me pus a fiar
Num tear pós-moderno e místico
De cores mágicas a brilhar
Cada pedaço, um fato
Um laço de vida.
Vários risos incontidos
Aquele banho de mar,
Os gritos e tapas, sorvete!
Os ritos, os rostos
Teci...
Minha colcha de alegria
A colcha dos momentos,
Os tantos cintilantes!
Os sorrisos cativantes
As madrugadas pelas ruas,
As bebidas, as fotos, o samba!
Os sotaques, as simpatias...
São tantas cores e linhas!
É tanta vida, é tanto bem-querer...
Viver a vida,
Tecer a colcha,
Ainda não terminada...
E ao ser findada
Que tenha o desenho do pôr-do-sol,
Da lua, das estrelas e do mar!
E quando tudo o que é sólido se desfizer em pó,
Que esta colcha seja a herança para a posteridade
De dias e DIAS habilmente retalhados, costurados e unidos!
Num traçado sem igual, um pedaço nunca semelhante ao outro
Como um arco-íris encantado,
Tecido por todas as pessoas que passaram pela vida
E lhe deram uma cor-momento único.
E eu só posso agradecer de um jeito propriamente meu á todos os meus sagrados e profanos, e eis que humildemente teço minha primeira colcha de palavras em 2011. Retalhadas de momentos e inspirações de minha vida, gostaria que esta colcha fosse colorida e ela é.
Ana Paula Duarte.
Comentários
Viver a vida,
Tecer a colcha,
Ainda não terminada..."
É verdade...
Adorei flor!!
bjo0s