Iluminação ou questionamentos acerca das sensações
Para ler ao som de Oh, Sweet Mary de Janis Joplin.
Tudo é sentir! Que liberdade tão utópica, sempre quis! Mas eis que li, em algum lugar, um não sei quem que falou sobre sensações acima da razão, acima das representações. E sobre tudo aquilo que vemos e cremos, são meras reproduções, é tudo impressão. É tudo quimera... Basta o que eu sinto. E não venha me dizer que será um caos o meu mundo!
O meu “eu” é um turbilhão. Não é fixo, definível, mas sim um feixe de sensações as quais vou tendo, as impressões que vou criando através de minhas experiências de vida. A soma de meus instantes faz o meu “eu” de cada dia. Esquizofrenia? Não, modificações, aquela palavra que ainda causa muito medo: mudança.
E mesmo amando e apreciando a Filosofia, quero me apegar na arte que me inspira, no caminho que venho trilhando de dentro de mim, um resultado físico-mental de minhas evoluções. E vou trilhando, pois, a certeza não é absoluta. Nada é absoluto, nem mesmo a realidade e até mesmo nossas ideias não são nossas. ”Todas as nossas ideias ou percepções mais fracas são imitações de nossas mais vivas impressões ou percepções.”
E de onde nos vêm essas impressões? Do mundo, já estão prontas, são cópias.
Eu não quero ter impressões, quero sentir... Assim é. E se a certeza é uma utopia, as verdades morais não são eternas, que caiam uma por uma, as minhas. Há tempos eu já esperava por isso. E sei que Deus, este Ser Supremo ao qual adoro, deseja o bem, me trouxe a liberdade do poder do conhecimento e quer que experimentemos as sensações puras estranhamente humanas, que só são pevertidas mediante o preconceito, a arrogância, a tirania e a desumanização. Contra isso quero correr, porque, tais coisas me afastam de Deus. Posso ter certeza das coisas que eu sinto? Serão as tais impressões? Ainda existem tantas perguntas e de nada mais há certeza.
Talvez, se lêssemos mais sobre um não sei quem chamado David Hume, nossas perguntas aumentem e nossas dúvidas tripliquem. Isso é bom, é ótimo.
*Citação de David Hume.
*Quadro "Sensações" da autoria da pintora Alexandra Cunha.
Gostaria de pedir desculpas aos meus leitores pelos dias que o blog ficou restrito, houveram motivos que já não vem ao caso agora, mas, eis que declaro aberto nosso espaço de elucubrar, pois é tão meu quanto seu. Abraços!
Ana Paula Duarte, como diria G. Rosa: "Sei quase nada, mas desconfio de muita coisa..."
Comentários
Adorei.
abraços
Bjo0s é um Fds!!!
Beijos
Runa
Um belo texto que adorei ler...
As somas dos meus instantes...fazem os meus dias...é isso mesmo a vida.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Que bom que você compartilha conosco o supra sumo dos espaços literários que você frequenta e certamenta habita, ainda que momentaneamente!
Adorei!
DÚVIDA NENHUMA TENGO,QUE JUNTO AO NIRVANA, DE ALGUMA MANEIRA ACESSAS,PELO BRILHO DE OLHOS TEUS,PELA ENEGIA E TRANSLUCIDEZ DE MENTE E ALMA VIVA TUA!
OBRIGADO PELA INTENSA DE VIDA CHAMA,QUE INOCULASTE EM CARDÍACO MIO!
MERCI,GIRASSOLICA MININA ANÍSSIMA!
POR AÍ NOS VEREMOS SIM,ENTRE MÚSICAS,POESIAS E SUSSURRAR NUESTRO!
BZU MÃOSZITAS SUAS!
VIVA LA VIEEEEEEEEEEEEEE
Demorei mais cheguei.
Um texto pra refletir.
Muito bom.
Quero desejar tambem um super 2011 e que você caminhe por caminhos doces e tenha sonhos realizados.
Um beijo e um dia cheio de paz.
"Eu adoro todas as coisas
E o meu coração é um albergue aberto toda a noite.
Tenho pela vida um interesse ávido
Que busca compreendê-la sentindo-a muito.
Amo tudo, animo tudo, empresto humanidade a tudo.(...)
Nada para mim é tão belo como o movimento e as sensações." Álvaro de Campos.... virou seu fã... rssss... Como não seria...
muito bom!
um "parabéns" não é o bastante mas é oq tenho agora :/
"E não venha me dizer que será um caos o meu mundo!" rsrs
Fique com Deus, menina Ana Paula Duarte.
Um abraço.