Mais uma sobre árvores...
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O umbuzeiro, ali no meio do sertão de chão rachado e muita poeira, entre folhas verdes-raras. É dele que brota aquele fruto azedo, o umbu, que é tão delicioso e com eles fazemos sucos e até doces que nem de longe lembram um nome científico tão difícil quanto 'Spondias tuberosa'.
No tupi guarani, essa árvore era conhecida como "y-mb-u", que significava "árvore-que-dá-de-beber", e daí o uso coloquial do termo "imbu" ser utilizado por muita gente no Semiárido brasileiro, mais especificamente o baiano.
No tupi guarani, essa árvore era conhecida como "y-mb-u", que significava "árvore-que-dá-de-beber", e daí o uso coloquial do termo "imbu" ser utilizado por muita gente no Semiárido brasileiro, mais especificamente o baiano.
Uma árvore em meio ao 'Grandioso', assim se referiu Ariano Suassuna quando foi caracterizar o aterrorizador SERTÃO, este que nos é tão comum, porém que conhecemos tão pouco. Nos é tão normal encontrar o nude umbuzeiro e sua arredondada copa desfolhada durante a seca, parece estar agonizando, rezando pra Deus naquele sol quente a clamar pela chuva. Uma árvore. Só isso...E dele mais o que podemos retirar? Lição de vida? Filosofia? Sim e sim! A filosofia da terra, nada de teorias, ou do tecnicismo científico, o que prevalece é o humanamente natural.
E é no castigado período de seca no Semiárido, onde a água é escassa e os problemas se acentuam pela falta de políticas públicas de convivência com o Semiárido, que aumenta a sensação de abandono, tanto divino quanto humano. Mas o umbuzeiro permanece ali, firme, feito o povo do Sertão, guardando suas forças e conseguindo armazenar água em suas raízes grossas e profundas. São mais de 2.000 litros de uma água poderosa, cheia de propriedades e nutrientes, de onde as famílias matam a sede e resistem (ou não), até que a chuva venha (e dia menos dia ela sempre vem).
A chuva lhes garante um pouco mais de dignidade, mas a cada dia com o advento dos problemas ambientais e de toda a degradação existente, ela já não vem em períodos regulares.
E é então que aquela desprezada árvore de fruto agridoce, junto com outras plantas da caatinga, como o espinheiro mandacaru e outras tantas, matam a sede do povo sertão. Fazendo brotar a água de seus compartimentos internos, ali, invisíveis aos olhos. Eu me pergunto : pra que melhor lição de vida que a do umbuzeiro?
E é então que aquela desprezada árvore de fruto agridoce, junto com outras plantas da caatinga, como o espinheiro mandacaru e outras tantas, matam a sede do povo sertão. Fazendo brotar a água de seus compartimentos internos, ali, invisíveis aos olhos. Eu me pergunto : pra que melhor lição de vida que a do umbuzeiro?
É o improvável sempre nos surpreendendo...Um salve ao sertão brasileiro!
Ana Paula Duarte.
Comentários
um feliz final de semana.
Deixar um carinho meu como
sempre tento fazer sempre.
Em cada blog onde encontrei carinho
e amizade sincéra.
O amor por você nasce desse contato
simples que sempre tento passar .
Gosto de ver você no meu blog ,
mais sei que nem sempre é possivel.
Graças a Deus você tem uma infinidade de amizades.
Bjs,no coração e na alma.
Evanir.
Um feliz dia do professor
caso ñ for essa sua profissão
não importa um dia todos nos tivemos um.
Só agradecer por lembrar dessa árvore que pela sua importância para o sertanejo deveria ser mais lembrada.
Esse umbuzeiro da foto parece um que tem na UEFS, né não? kkkk
PORRETA!
O Sibarita