E foi-se toda a leveza
A poesia em mim findou-se
Num silêncio triste de sepulcro.
Na praticidade dos dias, encontrei máscaras belas,
Risos solícitos, porém olhares distantes
Não são meus e nunca serão.
E este estar de alma triste
É que não aceito
Em mim não há lugar, nem relance
Aquele enlace...
Toda a perfeição!
Estável
E ela, que alada me fazia voar e gemer da dor do amor,
Desaparece entre razões e um dinamismo ator,
Uma maturidade terrível e insana
De quem se entrega ao sistema e dança sua música.
Queria o êxtase de mim,
Aquelas palavras que eu espremia lá das entranhas
Minha catárse...
Eu,
Que não me acho há tempos...
Que já não sou.
E sobram palavras doloridas,
Fortes, estampadas, coloridas-
Mas nem refletem alma...
Apenas, ajuntamento de letras
Deixei a poesia,
Fui a vida sem alegria.
O que esperar dela agora?
Ana Paula Duarte
Comentários
bjos
A poesia...é amor e dor...é céu e inferno...sol e chuva...a poesia é o nosso EU mais profundo.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
A Insustentável Leveza do Ser...
Um beijo minha querida!!!
E que o sentido da vida grite dentro da gente da próxima vez...
O que esperar dela agora?" parece cliché, e é, mas não está errado: temos que correr em direção a ela, com as sementes do que queremos colher, caso contrário não podemos culpa-la por ser vida, além do mais entender que ela ( a vida ) sabe que é linda , e não está nem ai pra nós, quer que nos esforcemos para senti-la, para agarra-la. Lindo o seu espaço, eu vejo você aqui.
Eduardo
ritidoplastia BH
Parabéns por cada poema, são lindos!